O HIV é o vírus causador da Aids, doença que compromete o sistema de defesa do organismo, provocando a perda progressiva da imunidade, podendo levar a pessoa a desenvolver vários tipos de infecções graves, tumores malignos e manifestações causadas pelo próprio vírus. Existem diferentes formas de contrair a doença: fazendo sexo (oral, vaginal ou anal) sem camisinha, compartilhando agulhas e seringas contaminadas, da mãe para o bebê durante a gravidez e na hora do parto e/ou amamentação.
Desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2012, o Brasil apresentou 656.701 casos registrados de AIDS (condição em que a doença já se manifestou), de acordo com um boletim do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Em 2011, foram notificados 38.776 casos da doença e a taxa de incidência da doença no Brasil foi de 20,2 casos por 100 mil habitantes. O resultado positivo para o HIV está relacionado, principalmente, ao número de parcerias (quanto mais parceiros, maior a vulnerabilidade), à coinfecção com outras doenças sexualmente transmissíveis e às relações homossexuais. É importante destacar que qualquer pessoa pode se contaminar com o HIV: mulheres, homens, crianças, jovens, idosos, heterossexuais, homossexuais ou bissexuais.
A pessoa com HIV pode estar com o vírus e manter-se saudável por muito tempo, sem desenvolver nenhum sinal da Aids, mas mesmo assim, pode continuar transmitindo o vírus a seus parceiros sexuais nas relações desprotegidas. Mesmo sem apresentar sintomas, um portador pode transmitir o vírus para outras pessoas. O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta sintomas e não toma remédios, fase assintomática, quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam como Aids.
No atendimento inicial, são solicitados exames de sangue, fezes, urina, testes para hepatites B e C, tuberculose, sífilis, dosagem de açúcar e gorduras, avaliação do funcionamento do fígado e rins, além de raios-X do tórax.
Outros dois testes fundamentais para o acompanhamento médico são o de contagem dos linfócitos T CD4+ e o de carga viral (quantidade de HIV que circula no sangue). Como servem para monitorar a saúde de quem toma os antirretrovirais ou não, o Consenso de Terapia Antirretroviral recomenda que esses exames sejam realizados a cada três ou quatro meses.
A adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida. Depois de diagnosticada a doença, o tratamento exigirá acompanhamento periódico com profissionais de saúde e se dará através de medicamentos antirretrovirais. Esses remédios buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível. A medicação diminui a multiplicação do HIV no corpo, recupera as defesas do organismo e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida do soropositivo. Para que o tratamento dê certo, o soropositivo não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los. O vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos diminuem.
Lembre-se de que não dá para saber quem está contaminado com o vírus apenas olhando para a pessoa ou porque conhece a pessoa há muito tempo. A camisinha é sempre a melhor e principal opção para prevenir essa e outras DSTs.